A Acupuntura, terapia da Medicina Tradicional Chinesa, surgiu há mais de 5.000 anos A.C. e a sua utilização visa à cura através do estímulo de pontos do corpo por agulhas descartáveis – os pontos também podem ser estimulados por outras técnicas, como: com os dedos (acupressão); stiper (estimulação permanente); ventosas; moxa (bastão de artemísia); farmacopuntura (aplicação de doses mínimas de medicação ou vitaminas); laser, e ainda a associação da agulha com a eletroestimulação.
Na medicina veterinária, quando o animal está enfermo, os sinais clínicos aparecem porque há um desequilíbrio do organismo. A Acupuntura busca identificar e tratar a causa da doença e não simplesmente aliviar os sintomas. Assim, a escolha dos pontos, dependerá de cada caso e a aplicação das agulhas estimulará as fibras nervosas em receptores específicos.
A puntura, durante a sessão, libera beta-endorfina (morfina do próprio organismo), promovendo um efeito analgésico, além de serotonina (hormônio do bem estar), tratando não somente a dor, mas também estados de ansiedade. Ela regula o equilíbrio do organismo, melhora a circulação sanguínea, aumenta a resistência, fortalecendo o sistema imunológico, reduzindo a necessidade de medicações que podem sobrecarregar alguns órgãos, como o fígado e os rins. Em alguns casos, a Acupuntura pode ser associada à Fitoterapia Chinesa.
Por ser uma técnica segura e que não causa efeitos colaterais, a Acupuntura pode ser aplicada em animais de todas as idades, sexo ou raça. Não é dolorida e leva, muitas vezes, o animal a um sono profundo e relaxante durante a sessão. É útil para todas as doenças, podendo ser associada a outros tratamentos convencionais. Doenças recentes podem desaparecer em poucas sessões, já doenças crônicas necessitam de um tratamento mais longo. As sessões costumam ser semanais e duram, em média, 40 minutos, e o animal não precisa ser sedado. Para animais agitados ou gatos, a técnica com laser é bastante indicada.
Os benefícios da Acupuntura para os animais é o tratamento de problemas ortopédicos, de locomoção e de coluna, paralisias, problemas neurológicos (convulsões e síndrome vestibular), anemias, displasias, dermatites, câncer, entre outros.
Texto: Dra. Priscila Luque