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Casos Clínicos

Depressão Animal

Sendo uma das áreas mais complexas da medicina veterinária comportamental, a depressão afeta a forma como o animal se alimenta e dorme e, consequentemente, todo o seu relacionamento com o ambiente no qual vive, necessitando da intervenção de um terapeuta veterinário para a cura e/ou melhora do quadro clínico.

– O que pode causar depressão nos cães?

O estado depressivo do animal pode estar relacionado à ansiedade e acontece quando o mesmo é exposto em situações de estresse, em caráter crônico ou de forma traumática, passando a manifestar sinais de inabilidade em executar suas funções
biológicas, apatia, inapetência e isolamento social. Ainda há muito a esclarecer sobre a causa do problema, sendo mais fácil avaliar a forma como as interações se manifestam externamente.

Embora haja uma variação quanto ao limiar do estresse, sabemos que os animais podem apresentar sequências genéticas que os predispõem a alterações de humor relacionadas às disfunções hormonais e à deficiência de alguns neurotransmissores relacionados ao comportamento.

Qualquer cão pode manifestar sintomas de depressão, independente da raça, porém, existe uma maior predisposição a esse quadro em raças selecionadas para companhia. Isso pode acontecer porque esses cães invariavelmente têm grande dependência emocional do dono, associados, entre outros fatores, a baixa qualidade de vida. Empiricamente e casuisticamente, nesta década de experiência em clínica comportamental, algumas raças têm se apresentado predispostas a tal patologia como Cocker Spaniel e Labrador Retriever.

– Sintomas

A falta de apetite, apatia e isolamento social são alguns dos sintomas que podem indicar a depressão ou o estado depressivo, além de desconforto ou agressividade ao toque físico e diminuição da interatividade. O cão passa a não apresentar mais interesse por atividades que antes eram estimulantes e, normalmente, desenvolvem comportamentos obsessivos, potencializados devido à inobservância de seus proprietários.

É muito importante o discernimento entre o estado psicológico depressivo e a depressão fisiológica secundária, provinda de estresse cirúrgico, hipotireoidismo, problemas cardíacos, nutricionais etc. Ao menor sinal de mudança de comportamento, cabe ao veterinário a conclusão do diagnóstico da variação comportamental.

É importante ressaltar que grande parte dos problemas comportamentais que afetam os animais são, na verdade, potencializados pelos proprietários por falta de conhecimento em como tratá-los e, principalmente, no antropomorfismo, dando características humanas aos cães e provocando um desequilíbrio muito grande com as suas origens naturais.

– Tratamento

Constatando-se a depressão, a reeducação comportamental com o intuito de mudanças no manejo, em grande parte dos casos, é suficiente para a cura do animal, sendo uma minoria associados ao tratamento com medicamentos antidepressivos, como a fluoxetina, por exemplo.

Consultar um terapeuta comportamental é essencial para um diagnóstico preciso e também para um saudável relacionamento entre cão e ser humano.

Texto: Dr. Evander Bueno de Lima

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