A luxação medial de patela é considerada uma das afecções mais comuns da articulação fêmuro-tíbio-patelar do cão. É encontrada principalmente em raças “toy” e miniatura, e apresenta predileção sexual por fêmeas, que são uma vez e meia mais afetadas que os machos. Tem origem congênita ou traumática e caracteriza-se pelo deslocamento medial da patela em relação ao eixo longitudinal da diáfise femoral.
Os fatores etiopatogênicos dessa moléstia são muitos, entre eles, podemos citar o deslocamento medial do quadríceps, o arrasamento do sulco troclear e o deslocamento medial da crista tibial. A luxação de patela é classificada em graus, de acordo com a severidade dos achados clínicos e a deformidade óssea.
A sintomatologia varia, em conformidade com o grau de luxação, de claudicação esporádica à impotência funcional do membro e o tratamento pode ser cirúrgico ou conservativo.
A correção cirúrgica consiste em estabilizar a patela na tróclea femoral e o tratamento conservativo contempla repouso e administração de analgésicos.
As luxações mediais de graus 1, 2 e 3 apresentam prognóstico favorável, enquanto aquelas de grau 4 têm prognóstico reservado em virtude das severas deformidades ósseas e rotacionais que promovem.
Consulte um veterinário.
Texto: Prof. Dr. Paulo Iamaguti