A meningite canina se assemelha à doença (de mesmo nome) que acomete o ser humano. Apesar de não ser uma enfermidade contagiosa, seu grau de letalidade é alto e o tutor deve ficar atento, pois o diagnóstico precoce pode ser determinante para um bom prognóstico e, dessa forma, preservar a vida do peludo.
A doença pode ser causada por micro-organismos, como bactérias, vírus ou fungos e, geralmente, provoca dores. Ela causa complicações graves no sistema nervoso do pet. Por isso, reconhecer os sintomas é vital para iniciar logo o tratamento. Neste post, você vai saber mais sobre o assunto, como os sintomas mais comuns, o tratamento e a prevenção. Continue conosco e confira!
O que é meningite canina?
O cérebro é protegido por três camadas de membranas denominadas meninges. Meningite é a denominação para a inflamação dessas membranas. Quando são afetadas por micro-organismos, a consequência é uma infecção causada por bactérias, fungos ou vírus.
A meningite bacteriana é a forma mais comum da doença, tanto no cão quanto no ser humano. Ocorre quando uma infecção instalada em qualquer parte do corpo afeta a medula espinhal e o cérebro. Já a viral e a provocada por fungos, são menos comuns e quando ocorrem, agem de forma parecida no organismo do cão. A doença toma proporções maiores quando leva ao desenvolvimento de inflamações ditas secundárias, como a meningoencefalite e meningomielite.
A doença, no entanto, não escolhe raça, tamanho ou idade e pode ter consequências bastante sérias. O que foi comprovado, porém, é que essa área do organismo do cão, felizmente, é a menos suscetível a contrair infecções, quando comparamos a outros órgãos e regiões do corpo do pet.
Quais são os sintomas da meningite em cães?
Quando a meningite já demonstra seus primeiros sintomas é necessário agir com rapidez, visto que o diagnóstico no início da doença contribui para um bom prognóstico da enfermidade. Sendo assim, vamos elencar os sintomas mais comuns, confira:
- febre;
- perda de apetite;
- náuseas e vômitos;
- diarreia;
- sensibilidade extrema ao tato;
- mudanças no comportamento;
- agitação e confusão;
- perda de coordenação;
- rigidez nos músculos do pescoço;
- mobilidade reduzida;
- cansaço;
- depressão;
- letargia.
Verificando qualquer um desses sintomas, não hesite em procurar urgentemente um veterinário. Para um diagnóstico preciso, o profissional solicitará exame de sangue e de urina, raios-x, ressonância magnética (MRI), biópsia, além de uma punção do líquido cefalorraquidiano.
Como a doença atinge a coordenação motora do cão, o tutor percebe facilmente quando seu pet passa a tropeçar e pender para um lado ao andar. É também comum que os animais que têm a doença andem com as pernas mais abertas que o normal. Esses sinais são facilmente perceptíveis ao olhos do dono.
No entanto, o que deve ser considerado com atenção é que alguns sintomas da doença podem confundir, pois se parecem muito com os de outras enfermidades. Para não haver dúvidas, é necessário que os exames citados acima sejam feitos, para que outras patologias sejam logo descartadas e não interfiram no tratamento — que deve ser iniciado o mais rápido possível.
Se seu cão teve o diagnóstico de meningite, o tratamento vai depender do tipo. Os veterinários farão testes e exames para saber se a meningite é asséptica ou responsiva por esteroides. No entanto, as atividades inflamatórias devem ser combatidas para evitar danos nas capacidades neurológicas do animal.
Como é o tratamento da meningite canina?
Como a meningite pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, seu tratamento variará de acordo com o agente causador. Os medicamentos são utilizados para suprimir a atividade inflamatória. Confira quais são eles:
- corticoides: esses medicamentos são, na verdade, fortes anti-inflamatórios utilizados para uma resposta mais rápida do sistema imunológico e um combate mais eficaz à inflamação causada nas meninges;
- antibióticos: usados no caso da causa da meningite ser bacteriana. Eles atuam eliminando as bactérias ou impedindo a sua reprodução;
- antiepilépticos: um dos sintomas da doença é a convulsão. Sendo assim, em alguns casos se torna necessário o uso desses medicamentos. Eles contêm variadas substâncias que interagem com o cérebro, equilibrando as funções dos neurônios e prevenindo, dessa forma, as convulsões.
O objetivo do tratamento é evitar que a inflamação provoque um dano neurológico irreversível no cão. Após o início do tratamento, o veterinário deverá fazer um acompanhamento constante, para avaliar a resposta. Em alguns casos, o cão pode necessitar de alguns medicamentos de forma crônica, para prevenir novos episódios da doença.
Como controlar o cão durante as convulsões?
É muito difícil para o dono de um cão, presenciar uma convulsão de seu pet. No entanto, é importante o tutor saber como agir se, por acaso, ele se deparar com essa situação. Lembrando que nem todos os cães com meningite sofrem com convulsões.
A convulsão pode ser percebida facilmente, pois você notará que seu cão não está normal. Ele perde a consciência, urina-se e, em alguns casos, defeca e espuma pela boca. No entanto, você deverá evitar que ele bata com a cabeça no chão, já que ele se debaterá por algum tempo. O ideal é colocar um travesseiro sob sua cabeça.
O tutor deverá ter muito cuidado, já que nessas crises o cão perde a consciência e pode morder o próprio dono. A dica é pedir orientações ao veterinário de como proceder em situações como essa.
Como prevenir a meningite em cães?
Na verdade, não existe um método de prevenção específico para evitar a meningite canina. Manter o cão com hábitos saudáveis, uma alimentação balanceada, atividade física frequente é fundamental para conservá-lo com saúde e garantir um sistema imune fortalecido que o protegerá de variadas infecções.
Levá-lo ao veterinário regularmente para desparasitá-lo e vaciná-lo são também algumas das medidas que tornam o organismo do cão fortalecido e livre de muitas doenças.
Como você pôde observar neste artigo, a meningite canina pode acometer seu peludo. Por isso, é aconselhável que os tutores observem permanentemente seus cães. Assim, diante de qualquer sintoma da doença, ela seja descartada ou diagnosticada rapidamente e com um bom prognóstico de cura.
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