Quem é tutor de cachorro deve ficar bastante atento às doenças que podem surgir no animalzinho. Por exemplo, você já ouviu falar em cinomose canina? Essa é uma doença viral e altamente contagiosa que já levou a óbito muitos cães e deixou sequelas em outros que conseguiram se curar da doença.
Entre os principais sintomas daqueles que possuem a cinomose canina é a diarreia, inicialmente. Em estágios mais avançados, o vírus atinge o sistema respiratório e é comum surgirem secreções geralmente amareladas e densas que saem da região dos olhos e do nariz.
Por isso, a melhor saída para evitar todo esse sofrimento para o seu melhor amigo é a prevenção. Mas para prevenir, antes é preciso conhecer bem o problema, certo? Então, continue a leitura e aprenda mais sobre essa enfermidade!
Como é a transmissão da cinomose canima?
Conforme já foi mencionado, a doença é muito contagiosa e ocorre pelo contato direto com outros animais já infectados, por meio das vias aéreas quando se respira o ar contaminado ou por fômites, o que corresponde aos objetos que tiveram contato com o portador da cinomose. É fundamental que você preste muita atenção ao seu peludo, pois alguns animais podem não apresentar sintomas, porém, ainda assim, serem portadores do vírus.
Esse vírus é altamente resistente e costuma se dar muito bem em ambientes frios e secos. Já em lugares arejados, com bastante luz e que sejam desinfetados com frequência ele deve durar, em média, três meses na área após a saída do portador.
A cinomose canina pega em humanos?
O prefixo “cino” indica que é uma doença que atinge, majoritariamente, cães (uma vez que também acomete outros animais silvestres). Porém, um humano também pode ser portador desse vírus e ser capaz de transmitir a um cachorro, mesmo que jamais chegue a ser afetado pela enfermidade.
Quais são as principais vítimas da doença?
Geralmente, as principais vítimas são aqueles cachorros que estão com o sistema imunológico enfraquecido ou pouco desenvolvido como os filhotes e os pets que apresentam alguma debilidade ou problema relacionado ao estresse.
A prevalência é maior naqueles entre 3 a 6 meses de vida, pois essa etapa da vida corresponde com a perda de anticorpos maternos presentes no corpo do animal. Apesar disso, cachorros de todas as idades podem sofrer com a doença.
Ainda, há estudos dentro da medicina veterinária que indicam os cães de focinho curto (pertencentes às raças braquicéfalas) como os mais resistentes à cinomose canina. Porém, ainda não há comprovação para essa hipótese.
Já entre as raças que têm mais chances de contrair essa doença estão o Husky Siberiano, o Malamutes do Alaska, o Greyhound, o Weimaraner e o Samoieda. Porém, não existe nenhuma raça que seja 100% livre de se contagiar.
Quais são os sintomas da cinomose canina?
Além dos sintomas já mencionados, na fase mais tardia da doença o cão pode ter o andar comprometido e sofrer tremores musculares que podem evoluir para convulsões, uma vez que, nesse estágio, o sistema nervoso central está bastante comprometido.
De um modo geral, outros sintomas podem incluir: apatia, vômito, febre, perda de apetite, paralisias, tiques nervosos, falta de coordenação, secreções oculares (remela em excesso) e secreções nasais (pus).
Além disso, por meio de um exame de sangue é possível identificar uma baixa na imunidade do animal, devido à replicação do vírus no sistema linfático. O animal infectado elimina o vírus por secreções (nasais e oculares), pelas fezes e pela urina em até 90 dias após ser exposto ao vírus.
Por isso, é essencial que ele não tenha contato com outros bichinhos e que cães sadios não tenham acesso à área contaminada durante esse período.
O que fazer em caso de suspeita de cinomose?
Primeiramente, tenha em mente que a melhor maneira de evitar que o seu animal sofra de cinomose canina é por meio da vacinação, a partir da v8 (v10, v11). A primeira dose deve ser aplicada no cão aos 2 meses de idade. A segunda aos 3 meses e a terceira no quarto mês de idade.
Dessa forma, seu companheiro estará protegido dessa doença que mata 85% dos animais que se contagiam com ela. Em muitos casos, a cinomose pode não ser fatal, mas deixa o cão com sequelas neurológicas gravíssimas, como tiques nervosos e paralisia de um membro ou outro.
É preciso estar bastante atento, pois nem sempre o contágio ocorre diretamente pelo contato com cães próximos. A contaminação pode ocorrer se ele passear em locais que passaram outros cães infectados e que deixaram o vírus nas ruas, nos parques e em espaços públicos.
Então, se o seu animal não possuir o quadro completo de vacina, evite que ele tenha contato com outros cães e com o chão ou com gaiolas que não foram higienizados adequamente.
Qual o tratamento para cinomose canina?
Se, após os exames laboratoriais, o médico-veterinário confirmar que o animal contraiu o vírus e apresenta a cinomose, o tratamento deverá ser para combater as doenças ocasionadas pelo vírus e tratar os eventos paralelos que o vírus causa, por meio de medicamentos.
Isso inclui remédios para febre, convulsão, diarreia, vômito, excesso de secreções etc. Uma recomendação muito importante, também, é manter o cãozinho em um ambiente limpo e com temperatura agradável, além de oferecer uma alimentação balanceada para amenizar os sintomas.
Porém, isso não elimina o vírus do organismo do cão. O prognóstico vai variar de acordo com cada animal. Mas, em geral, os filhotes são mais frágeis na recuperação e têm uma alta taxa de mortalidade. Afinal, apesar de o sistema imunológico estar se desenvolvendo, ele não está apto para se defender dos ataques do vírus.
O uso de antibióticos e antipiréticos funciona para as infecções secundárias no sistema digestório e respiratório. A sua administração deve ser aliada com expectorantes, antieméticos e broncodilatadores. Já o soro — fluidoterapia — é aplicado para reverter a desidratação causada pela diarreia.
Portanto, devido à gravidade da cinomose canina, não resta nenhuma dúvida que a prevenção — por meio da vacinação — é a melhor maneira de ajudar o seu amigo de quatro patas. Além disso, é importante fazer visitas frequentes ao veterinário.
E aí, você ainda tem dúvidas a respeito dessa ou de outras doenças? Então, entre em contato conosco e garanta maior qualidade nos cuidados com a saúde do seu melhor amigo!